"É preciso sempre estar atenta
e saber recomeçar.
Cada dia é uma escolha
e eu não sei mais começar:
Ou isto ou aquilo,
ou aquilo e mais isto.
São difíceis os caminhos
e se eu soubesse onde vão dar,
não teria todo o diaque tentar recomeçar...
Mas a escolha muitas vezes
é difícil e estou certa
de que nesta vida o que mais faço
é tentar recomeçar...
Se errar, tento de novo
e de novo vou errar.
Quantas vezes novamenteessa escolha vou fazer?
E não adianta ouvir conselhos
nem conselhos espero dar.
Se meus ombros são pequenos,
se essa escolha me pesar,
quem sabe eu não encontre
alguém que me ajude a carregar
os meus sonhos, com direito
a todos eles realizar.
Será que eu fiz a escolha certa?
Quantas vezes eu me faço
essa pergunta, que não cala
e nem sempre cabe na mala
que estou sempre a carregar.
Se escolhi a estrada certa
e os caminhos a seguir,
Eu não sei, quero estar certa,
que desta vez a escolha,
Foi a Escolha certa!"
Ruth Fonte
Muito bom esse poema, tudo a ver com o tema tratado na disciplina. Esta disciplina tem me atingido de uma forma específica, me levado a refletir o que observo na sala de aula na minha vida particular, no que vejo no mundo. Ontem, por exemplo, assisti um documentário que nos leva a pensar como uma escolha do cotidiano pode ter desdobramentos gigantescos na vida de um sujeito. Conta a história de um sujeito nascido na África do Sul escolhe sentar do lado errado do ônibus, no lado destinado aos não-brancos e é levado a mudar de lado intimidado pelo motorista. E como,40 anos depois de ter partido de seu país de origem,ele volta à África do Sul, assombrado por uma escolha feita a tantos anos atrás, imaginado o que teria acontecido caso não escolhesse mudar de lugar, se sentindo culpado por não ter se posicionado contra o preconceito e ter permanecido como expectador. Esse documentário foi apresentado na faixa Pensa Nisso, no canal Multishow. Caso alguém se interesse, abaixo está o link através do qual se tem acesso a matéria sobre o documentário e as dicussões que foram levantadas a partir dele.
ResponderExcluirhttp://multishow.globo.com/Pensa-Nisso/Materias/Assista-e-comente--Do-Lado-Errado-do-Apartheid.shtml
Muito bom o poema.
ResponderExcluirTambém me recordei de um filme que trabalha isso, o sujeito volta no tempo para tomar atitudes diferentes das que tomou e consequentemente produzir uma realidade diferente.
Essa pergunta constante "Será que eu fiz a escolha certa?" e os pensamentos repletos de "e se..." sempre se fazem presentes após uma escolha. Não há caminhos certos ou errados e eles não podem ser previstos e nem avaliados posteriormente, pois todas as escolhas são importantes para transformar o próprio sujeito, isto é, fazer ele ser quem é hoje.
Noossa q legal msm!!
ResponderExcluirUma pergunta que me marcou na matéria foi Quem não trabalha na produção social da subjetividade? Quem não faz ou fez parte das escolhas de outro?
O sujeito como um encontro de atravessamentos diveros, construindo, então, a sua subjetividade. A questão e acredito que o mais complicado é colocar em análise todo esse processo para descobrir a sua essência.