terça-feira, 24 de maio de 2011

E quando é e não é o nosso caso

Estava pensando sobre o que conversamos sobre desconstrução de certas ideias, como "você só vai ser alguém na vida se for pra escola" (depois muda pra universidade, pós e etc.). Concordo muito com esse tipo de desconstrução e acho que devemos pensar nas verdadeiras motivações para fazer certas coisas. Mas eu comecei a pensar numa coisa...E se meu filho chega pra mim e fala que quer sair da escola, que não tem nada pra fazer lá e etc?? Sinceramente, me vejo ficando maluca e falando que é pra ele ser alguém na vida. Pelo menos num primeiro momento de susto. Realmente não sei como eu lidaria com essa situação e é claro que existem diversos fatores envolvidos, mas comecei a pensar que aparecen nesse tipo de cason uma questão que influencia demais certas escolhas e pessoas e que eu nunca tinha parado pra pensar nas aulas: a questão de você ter pessoas dependentes de você e, logo, das suas escolhas e decisões.

Já discutimos como é complicado lidar com a escolha do outro quando esta confronta seus princípios, mas como é lidar com a necessidade de escolher pelos outros, sem saber o que pode ser melhor ou pior, o quanto de discernimento aquela pessoa já possui pra poder ou não escolher sozinho alguma coisa e ter de fazer tudo isso sabendo que cada escolha gerará um impacto na vida deste outro?

Já culpei meus pais várias vezes por coisas como "eu queria ter feito um esporte quando pequena, vocês não me colocaram!" e meu pai já me disse que ele colocou sim, ele ofereceu sim, mas não é fácil convencer crianças de fazer o que elas não querem. E é verdade, imagino bem a cena. É muito difícil impor uma escolha à uma criança porque você acredita que é o melhor pra ela e ela só vai entender no futuro (e não adianta falar isso pra elas que só dá raivinha).

Enfim, não tenho bem uma conclusão sobre esse post, mas pensei muito nisso nas últimas semanas (não estou grávida não tá, gente hehe) e queria dividir esses pensamentos com vocês.

Rafaela Cruz

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