domingo, 11 de abril de 2010

Apresentação

Este blog foi criado com objetivo de contemplar as discussões realizadas ao longo da disciplina Tópicos Especiais em Psicometria G, ministrada no Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cujo tema principal é abordar uma prática denominada Análise do Vocacional. Esta é uma prática que está inserida no projeto de pesquisa "Construindo um processo de escolhas, mesmo quando "escolher" não é um verbo disponível", também vinculado ao Instituto de Psicologia da UFRJ, que atua em diversos espaços de intervenção, tais como o pré-vestibular do Centro de Ações Solidárias da Maré (CEASM) e a Divisão de Psicologia Aplicada (DPA) da UFRJ. A prática de AV problematiza os modelos de orientação vocacional tradicionais e o próprio conceito de vocação, que define um lugar certo para o sujeito adequado, de forma que, ao invés de desvelar sujeitos, busca colocar em análise as demandas que surgem. Nesse sentido, a escolha profissional é utilizada como disparador para pensar os processos de escolhas nos mais diferentes âmbitos da vida.

Ao longo dos encontros da disciplina, serão discutidos alguns temas de grande importância para o entendimento da prática de Análise do Vocacional e para uma reflexão sobre o Psicólogo de maneira geral. Será usado como disparador um breve histórico da Orientação Profissional, a discussão acerca dos testes psicométricos, e o surgimento de uma nova forma de atuar no que diz respeito à escolha da profissão. Serão abordados temas como: a invenção da infância, diversas questões acerca do campo da educação, a prática clínica e política e do trabalho e como a psicologia se insere nos determinados contextos. Além disso, serão apresentados e discutidos os conceitos de instituição e de produção de subjetividade, assim como a crítica à dicotomia entre indivíduo e sociedade, o método cartográfico e uma nova concepção de grupos.


Esse espaço se destina, então, a uma construção coletiva para enriquecer e potencializar tais discussões. Nesse sentido, funcionará como uma espécie de caixa de ferramentas coletiva, uma materialização das idéias que surgem como efeito das discussões em sala de aula, e como um meio colaborativo para pensarmos tais temas e práticas.

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